Íris Kantor
Íris Kantor | |
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Nome completo | Íris Kantor |
Nacionalidade | Brasileira |
Educação | Universidade de São Paulo |
Ocupação | DD |
Íris Kantor é uma historiadora e professora universitária brasileira. Atualmente ocupa a cátedra de História Ibérica no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Seu interesse pela História provém de seu pai, que sempre a instigou a ser questionadora. Conta, em diversas entrevistas, a vez em que discutia Civilização Egípcia na mesa de jantar, tal evento já demonstrava seu interesse em Arqueologia e História. Também desenvolveu interesse pela Economia, tendo prestado vestibular para cursar Economia e História na Universidade de São Paulo, em 1982.[3][4]
Formação
[editar | editar código-fonte]O falecimento de seu pai, um ano antes, todavia a impediu de ingressar, de imediato, na educação superior. Com o auxílio de sua avó, proprietária de um pequeno empreendimento em Pinheiros, e trabalhando enquanto realizava sua graduação, formou-se em História na Universidade de São Paulo, em 1988.[2]
Durante a graduação, conta que estava convicta que tornaria-se uma medievalista,[1] todavia, a partir de seu quarto periodo aproximou-se de Fernando Novais, que tornaria-se seu orientador de Iniciação Cientifica.[5] Outra grande influência que contribuiu para que sua trajetória acadêmia fosse puxada para a História do Brasil foi Maria Odilia Silva Dias, que a aproximou da História de Minas Gerais.[3][1]
Realizou mestrado em História Social pela mesma instituição, com orientação de Fernando Novais e financiamento do Cebrap.[5] Sua dissertação foi defendida em 1996.[2] Intitulada Pacto Festivo em Minas Colonial: A Entrada Triunfal do Primeiro Bispo na Sé de Mariana (1748), tratou da chegada de Dom Frei Manoel da Cruz ao recém-criado Bispado de Mariana, primeiro de Minas Gerais.[6]
Seu doutorado em História Social, De Esquecidos e Renascidos: A Historiografia Acadêmica Lusoamericana (1724-1759), foi defendido em 2002, também na Universidade de São Paulo, com financiamento da Fapesp.[5] Sua banca contou com grandes especialistas em História Brasileira, como Caio César Boschi, István Jancsó, Stuart Schwartz e Laura de Mello e Souza, e suas ponderações foram importantes para a História da Historiografia Brasileira.[7]
A partir de sua pesquisa de doutorado notou uma deficiência em cartografia produzida por essas academias. Suas pesquisas, desde então, tem buscado analisar a História da Cartografia, tendo realizado diversas pesquisas com foco na Academia dos Renascidos, de Salvador.[5] Atualmente vem buscado demonstrar como a cartografia do século XVIII foi mobilizada pelas classes dominantes para a construção do Estado Nação Brasileiro.[1]
Realizou pós-doutoramento pela Universidade Yale.
Atuação
[editar | editar código-fonte]É professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, desde 2003, onde leciona História Ibérica, História da Historiografia Colonial Brasileira e História da Cartografia Ibero-Americana.[2] Anteriormente, entre 1992 e 2002 autou como docente da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.[8]
É sócio-correspondente desde 2013 do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.[9]
Obras
[editar | editar código-fonte]Publicadas
[editar | editar código-fonte]- Produzindo Fronteiras: Entrecruzando Escalas, Povos e Impérios na América Portuguesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
- Esquecidos & Renascidos: Historiografia acadêmica luso-americana (1724-1759). São Paulo: HUCITEC / Centro Estudos Baianos, 2004.[10]
- A Escola Livre de Sociologia e Política: anos de formação (1933-1953). São Paulo: Editora Escuta, 2001. Conjuntamente a Débora Maciel e Júlio de Assis Simões.
- O Trabalho em Minas Colonial. Editora Atual: São Paulo, 1996. Conjuntamente a Andrea Lisly Gonçalves.
Organizadas
[editar | editar código-fonte]- Um Mundo Sobre Papel: livros, gravuras e impressos flamengos nos impérios português e espanhol. São Paulo: EDUSP/UFMG, 2014. Conjuntamente a Junia Ferreira Furtado, Eddy Stols, Werner Thomas, Serge Gruzinski, Carmen Bernard e Carmen Salazar Soler.
- Festa: Cultura e Sociabilidade na América Portuguesa. São Paulo: EDUSP / Hucitec / Fapesp / Imprensa Oficial, 2001. Organizado conjuntamente a István Jancsó.[10]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d História USP - Canal Oficial (7 de maio de 2024), Com a palavra, Profa. Dra. Íris Kantor, consultado em 20 de junho de 2024
- ↑ a b c d «Íris Kantor | História». historia.fflch.usp.br. Consultado em 18 de junho de 2024
- ↑ a b Piccolo, Monica; Motta, Márcia (26 de junho de 2017). «Entrevista com Iris Kantor». Outros Tempos: Pesquisa em Foco - História (23): 260–265. ISSN 1808-8031. doi:10.18817/ot.v14i23.579. Consultado em 18 de junho de 2024
- ↑ História USP - Canal Oficial (7 de maio de 2024), Com a palavra, Profa. Dra. Íris Kantor, consultado em 20 de junho de 2024
- ↑ a b c d PET História UFCG (13 de dezembro de 2019), Entre Historiadores com a Prof.ª Dr.ª Íris Kantor (USP), consultado em 20 de junho de 2024
- ↑ «Pacto festivo em Minas colonial: a entrada triunfal do primeiro bispo na Sé de Mariana | História "Sérgio Buarque de Holanda"». caph.fflch.usp.br. Consultado em 19 de junho de 2024
- ↑ Kantor, Iris (2 de agosto de 2002). «De esquecidos e renascidos: historiografia Acadêmica Luso-Americana (1724-1759)». Consultado em 19 de junho de 2024
- ↑ https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/23210/iris-kantor/ Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «Iris Kantor». ihgb.org.br. Consultado em 18 de junho de 2024
- ↑ a b «Iris Kantor». O Governo dos Outros. 13 de setembro de 2010. Consultado em 18 de junho de 2024
- Alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
- Alunos da Universidade de São Paulo
- Professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
- Professores da Universidade de São Paulo
- Naturais do estado de São Paulo
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